O Instituto de Biofísica, desde sua fundação, contribui fortemente para a produção científica e formação de doutores do país. O reconhecimento desta contribuição por parte da sociedade e dos órgãos de financiamento oficiais, por sua vez, se reverte não apenas na forma de prestígio nacional e internacional, mas também materialmente pela incorporação de patrimônio obtido através do destacado financiamento às atividades de pesquisa desenvolvidas por seus docentes.

Linhas inovadoras de pesquisa têm sido implantadas no IBCCF, tais como nanotecnologia, bioinformática, bioengenharia, biotecnologia e terapias celular e gênica, ampliando o leque de formação de recursos humanos do Programa, ao incluir essas novas tecnologias nos projetos de teses e dissertações. O Programa tem mantido uma política de apoio a jovens professores que desenvolvem pesquisas relevantes, a iniciarem sua atividade de orientação na PG; inicialmente orientando alunos de mestrado em co-orientação com pesquisadores seniores que desenvolvem projetos correlacionados ou complementares. Identificando-se nesses jovens professores o potencial para o ensino, pesquisa, orientação, bem como independência científica e capacidade de atrair recursos, o colegiado do Programa os promove ao quadro de orientadores.

Os Programas de Pós-Graduação têm como objetivo principal a formação de profissionais altamente qualificados que possam atuar na comunidade científica como docentes/pesquisadores criativos e independentes. Os estudantes diferenciados ou que tenham obtido base conceitual sólida durante estágios de Iniciação Científica, são diretamente promovidos ao Doutorado. Aqueles que ainda necessitam de formação continuada, ao serem selecionados são encaminhados ao Curso de Mestrado.

A produção científica do Instituto de Biofísica da UFRJ é intensa e diversificada, decorrente da alta qualificação de seus pesquisadores e da variedade de linhas de pesquisa em andamento. Docentes e alunos da instituição executora regularmente publicam trabalhos científicos em periódicos indexados de circulação internacional, atingindo veículos de grande impacto, como as revistas Nature, EMBO Journal, Journal of Experimental Medicine, PNAS, Journal of Neuroscience, FASEB Journal, Journal of Immunology, Immunology Today, Cell Death and Differentiation, Journal of Biological Chemistry, Journal of Clinical Investigation e, de modo geral, as revistas de maior significado em cada área específica de investigações publicadas internacionalmente. É também relevante a produção veiculada nas principais revistas indexadas editadas no país, como por exemplo, o Brazilian Journal of Medical and Biological Research, bem como a contribuição a veículos de divulgação científica, como a revista Ciência Hoje, editada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Os grupos de pesquisa dedicam-se à investigação em áreas diversificadas e, por conseguinte, o plantel de equipamentos é variado. O IBCCF abriga diversas salas equipadas para cultura de células e tecidos, linhagens celulares e manipulação de microorganismos patogênicos. Equipamentos convencionais para bioquímica e biologia molecular são disponíveis, bem como equipamentos para processamento histológico, citológico e citoquímico de células e tecidos. Pequenos biotérios para animais experimentais servem aos grupos de pesquisa, abrigando roedores, marsupiais e primatas. Um biotério para animais transgênicos está disponível em associação com outras unidades da UFRJ.

O IBCCF conta, também, com rede computacional de par trançado, e com lógica moderníssima, recém-instalada, e alberga um “cluster” de microprocessadores para computação de alta velocidade e massa de dados, interligado ao Laboratório Nacional de Computação Científica, do Ministério de Ciência e Tecnologia, localizado em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro.

Nessa atmosfera propícia ao desenvolvimento articulado da pesquisa científica, o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) alia a geração de conhecimento com seus objetivos educacionais. Tem participação destacada, tanto qualitativa quanto quantitativamente, na produção científica, no ensino de graduação e de pós-graduação e, recentemente, na extensão universitária, na UFRJ. É reconhecido, em nível nacional e internacional, como um dos principais centros de pesquisa biomédica da América Latina, um dos mais prolíficos irradiadores da pesquisa científica na própria UFRJ e formador de profissionais que hoje ocupam posições de destaque em várias universidades brasileiras e no exterior.